Da programação à personalização: Como a comunicação evoluiu
5 de dezembro de 2025
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A forma como nos comunicamos e consumimos informação mudou de maneira profunda nas últimas décadas. A cada novo canal ou tecnologia, marcas, profissionais e pessoas precisaram se adaptar, repensando estratégias e formas de se conectar com o público. Olhar para essa trajetória ajuda a entender como chegamos à comunicação digital atual.

 

O poder da TV e o impacto das mensagens de Massa

Nos anos 90, a televisão aberta era o principal meio de comunicação. Comerciais, programas e novelas não apenas entretinham, mas ditavam tendências de moda, comportamento e consumo. As campanhas publicitárias eram pensadas para atingir milhões de pessoas ao mesmo tempo, e o sucesso de um produto muitas vezes dependia da frequência e do horário em que aparecia na tela.

Nesse período, a comunicação era predominantemente unilateral. As marcas falavam e o público escutava. Ícones culturais surgiam da exposição televisiva, e a percepção de uma marca se consolidava principalmente por repetição e alcance. A influência da TV aberta moldava hábitos e referências de toda uma geração, criando uma relação de confiança e autoridade entre mídia e público.

 

A Internet e o início da interação digital

Com o boom da internet nos anos 2000, o cenário começou a mudar rapidamente. Plataformas como Orkut e o MSN Messenger introduziram novos hábitos de socialização, dando espaço para comunidades online, trocas de mensagens instantâneas e interações mais personalizadas. O público deixou de ser apenas receptor e passou a participar ativamente, comentando, compartilhando e influenciando conteúdos.

Essa transformação exigiu que marcas repensassem suas estratégias. O marketing digital começava a se consolidar com banners, newsletters e ações em comunidades virtuais, aproximando empresas e consumidores. A comunicação tornou-se mais segmentada, mas ainda estava em um estágio inicial de construção de relacionamento. A personalização e a participação começaram a surgir como fatores essenciais para gerar engajamento e fidelidade.

 

Redes sociais, conteúdo instantâneo e conexão real

A partir dos anos 2010, o cenário se intensificou com o crescimento de plataformas como Facebook, Instagram e, mais recentemente, TikTok. O conteúdo passou a ser visual, rápido e altamente interativo. Agora, o público não só consome, mas cria, compartilha e participa de conversas em tempo real. Vídeos curtos, lives, stories e memes se tornaram formas centrais de engajamento, exigindo das marcas rapidez, criatividade e relevância constante.

Além disso, a análise de dados permite entender comportamento, preferências e padrões de consumo, oferecendo insights para ajustar campanhas quase instantaneamente. A comunicação deixou de ser apenas sobre falar para as pessoas e passou a ser sobre ouvir, interagir e criar experiências significativas, reforçando a necessidade de autenticidade e proximidade com o público.

A trajetória da comunicação mostra que cada era trouxe oportunidades e desafios únicos. Da TV aberta à internet emergente, passando pelas redes sociais modernas, a forma de se conectar com o público evoluiu de mensagens unilaterais para diálogos contínuos e personalizados. Compreender essa evolução é essencial para qualquer profissional que queira criar estratégias relevantes, construir relacionamentos duradouros e acompanhar as mudanças de comportamento em um mundo cada vez mais conectado.

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